>> Sefer Bereshit, Parasha Vaietze

Leia essa Semana:

Resumo da Parashá

A Parashat HaShavua (porção da leitura da Tora desta semana) é chamada de “Vaietze” – E Saiu. Esta é a sétima porção do livro de Gênesis, a porção que inicia narrando a viagem de nosso patriarca Yakov, seu casamento e filhos e finalmente seu retorno a terra de Israel.


A Parashá inicia contando o episódio da fuga do patriarca Yakov. Fugindo de Essav, Yakov parte de Beer Sheva e viaja a caminho de Charan, aonde vive a família de sua mãe.

Após parar por catorze anos na Ieshivá de Shem e Ever, ele continua sua jornada e chega ao Monte Moriá, aonde seu pai Itzchak foi oferecido como sacrifício, e o local futuro do Beit HaMikdash. Ele se deita para dormir e tem um sonho profético de anjos subindo e descendo da uma escada entre a terra e o céu.

D’us lhe promete a Terra de Israel, que ele fundará uma grande nação e que será protegido Divinamente aonde quer que esteja. Yakov acorda e promete construir um altar lá e dar um dízimo de tudo o que receber.

Ele viaja para Charan e encontra sua prima Rachel na fonte. Ele faz um acordo com o pai de Rachel, Lavan, de trabalhar por sete anos para então se casar com ela, mas Lavan engana Yakov e substitui Rachel por sua irmã mais velha, Lea. Yakov se responsabiliza em trabalhar outros sete anos para
se casar também com Rachel.

Lea lhe dá quatro filhos - Reuven, Shimon, Levi e Yehuda -as primeiras tribos de Israel. Rachel tem inveja de não poder conceber e oferece á Yakov sua serva, Bilá. Bilá dá á luz a Dan e Naftali. Lea também oferece á Yakov sua serva, Zilpá, que concebe Dan e Asher. Lea dá á luz a Issachar, Zevulun e uma filha, Diná. D’us finalmente abençoa Rachel com um filho, Iossef.

Yakov decide deixar Lavan, mas Lavan, sabendo quanta riqueza Yakov lhe produziu, reluta em deixá-lo ir embora, e faz um contrato de trabalho com ele. Lavan tenta novamente enganar Yakov, mas não sucede, e Yakov enriquece ainda mais.

Vinte anos depois, Yakov, percebendo que Lavan ressente sua fortuna, aproveita a temporária ausência de seu sogro, e foge com sua família. Lavan os persegue mas D’us o avisa para não machucá-los.

Yakov e Lavan fazem um acordo e Lavan retorna para sua casa. Yakov continua sua viajem á caminho de seu irmão Essav.

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Mensagem da Parashá


Durma Com Um Barulho Desses

A maior parte das pessoas que tem um cérebro concordariam que ele é uma ferramenta das mais úteis. Porém, há uma considerável discordância sobre como e quando usá-lo.

Alguns diriam: "Uso meu intelecto para os desafios físicos e materiais da vida: gerir meus negócios, escrever um currículo, adquirir uma casa, construir um barco, programar o vídeo-cassete. São estes os tipos de coisas para as quais a razão e a lógica servirão como guias confiáveis. Mas quando se trata de minha vida interior, espiritual - minhas convicções religiosas, meu amor por minha família, meus momentos de meditação e prece - estes não podem ser racionalizados ou pesados pelos parâmetros da lógica. Estas são áreas nas quais eu me entrego ao meu "eu" subconsciente, intuitivo.

Outros tomam uma atitude oposta. "Pelo contrário" - dizem eles - "o lado espiritual da vida é onde a orientação da mente mais se faz necessária. Precisamente por causa de seu alto nível e sutileza, é mais vulnerável à corrupção. Quanto a meus esforços materiais, posso dar-me ao luxo de operar no "piloto automático"; além disso, eles não são tão importantes para mim - se não funcionarem
exatamente como deveriam, não é o fim do mundo. Porém em minha vida espiritual, que é muito mais importante para mim, quero fazer tudo certo. Neste ponto, submeto toda e qualquer ação, pensamento e sentimento meu ao instrumento de medida mais preciso que possuo - meu intelecto."

Quem está certo, e quem está errado? Segundo um fascinante Midrash sobre os hábitos de sono de Yakov, ambos estão errados.


No capítulo 28 de Gênesis, lemos como Yakov, enquanto viajava da Terra Santa a Charan, passa uma noite no Monte Moriá (o "Monte do Templo"):

Ele encontrou o local; ele dormiu ali, pois o sol tinha se posto... e ele deitou-se naquele lugar.

Como repetem enfaticamente Nossos Sábios, a Tora não contém uma única palavra ou letra extra. Portanto, qual é o significado da linha, aparentemente supérflua, "ele deitou-se naquele
lugar"? (A Tora já nos disse que "ele dormiu ali.") Qual a mensagem oculta nestas palavras?

Diz o Midrash:

Naquele local ele deitou-se, mas durante todos os catorze anos em que esteve escondido na casa de Ever, ele não se deitou... Naquele lugar ele deitou-se, mas por todos os vinte anos em que esteve na casa de Lavan, ele não se deitou.

"Aquela noite", a noite que Yakov passou no local mais sagrado da Terra, foi cercada pelos períodos mais intensamente espirituais e mais intensamente materiais de sua vida. Por catorze anos antes daquela noite, Yakov foi encerrado na casa de seu mestre Ever (o tetraneto de Noach), devotando cada momento seu à busca da sabedoria Divina. Durante vinte anos a partir daquela noite, Yakov trabalhou para seu conspirador tio Lavan, pastoreando as ovelhas e amealhando sua própria fortuna; segundo seu próprio testemunho, sua devoção à tarefa era tão absoluta que "o sono fugia de meus olhos" (Gênesis, 31:40).

Mas durante aquela única noite que se interpôs entre os dois períodos e os juntou, Yakov "deitou-se".


Uma pessoa deitada posiciona sua cabeça e o resto do corpo no mesmo nível. Ao fazê-lo, desiste da vantagem mais importante que o ser humano tem sobre os animais - o fato de que, no ser humano, a cabeça está posicionada acima do corpo.

Porque, como ensinam os mestres chassídicos, a estatura vertical do homem é muito mais que um aspecto de sua anatomia física. Ao contrário, reflete uma verdade mais profunda: que no ser humano a mente governa o coração, a cabeça domina o físico. Isso, escreve Rabi Shneur Zalman de Liadi no Tanya, é a "natureza inata" do homem. Uma pessoa que se permite ser governada por suas emoções ou instintos é alguém que renunciou ao aspecto mais importante de sua humanidade, a prioridade mais importante do homem sobre o animal.

Isso, afirma o Lubavitcher Rebe, é o mais profundo significado da declaração do Midrash, de que Yakov não "se deitou" durante seus catorze anos na casa de Ever, nem durante os 20 anos como empregado de Lavan. Yakov está nos dizendo que a lei "a mente governa o coração" aplica-se a todas as
áreas da vida, do esforço mais espiritual até a ocupação mais material.

Todas as áreas da vida, ou seja, exceto quando você está no Monte Moriá.


Porque existe também uma verdade mais elevada. Uma verdade que transcende a fisicalidade e a espiritualidade; uma verdade que ultrapassa tanto o intelecto quanto o instinto.

D'us não é espiritual nem físico. Ele criou os dois reinos, e está igualmente presente em ambos. Eles nos forneceu avenidas de conexão com Sua verdade mais elevada em ambos os reinos: a prece, por exemplo, é uma trilha espiritual de conexão com D'us, ao passo que fazer caridade é um caminho físico. E Ele nos forneceu um guia - nossa mente racional - com a qual navegar em ambas as áreas da vida.

Porém nós também precisamos estar conectados à Divina verdade, que transcende o espírito e a matéria. Na verdade, é apenas por causa desta conexão que podemos habitar dois mundos tão diversos, e até mesmo incorporá-los a nossas vidas.

Eis por que Yakov teve de passar uma noite no Monte Moriá, o local do Templo Sagrado, o lugar da mais profunda revelação de D'us ao homem, e o supremo comprometimento do homem em seu serviço a D'us: o local onde a verdade Divina elementar é manifesta. Somente um encontro com D'us no Monte Moriá pode ligar nossos "anos de Ever" e nossos "anos de Lavan". Somente um encontro no Monte Moriá pode juntar nossos esforços espirituais e nossas buscas materiais na mesma vida, fazendo-os conviver harmoniosamente um com o outro, e até mesmo alimentar e nutrir um ao outro, e impor os mesmos padrões de integridade a ambos.

Mas no Monte Moriá não há regras ou instrumentos. Você não pode entender ou apreender, não pode racionalizar ou vivenciar. Pode apenas render-se a ele. Pode apenas deitar-se.

Nossos momentos de Monte Moriá são extremamente raros. Para Yakov, uma única noite foi suficiente por 34 anos. O que é importante não é quantas vezes eles vêm, ou quanto tempo perduram, mas sua influência deve permear tudo aquilo que fazemos.

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Para Pais e Filhos - Perguntas

1. Na passagem em Gênesis, 29:17, temos: "Os olhos de Lea estavam fracos". Qual a razão?

2. Na passagem em Gênesis, 29:27, temos: "Cumpre sua semana, e nós vamos dar você [Rachel] também". O que isto nos ensina?

3. Na passagem em Gênesis, 31:22-23, temos:e foi dito a Lavan que Yakov havia fugido. E ele o perseguiu... e o alcançou na montanha de Guilad”. Qual é a razão da perseguição?

Haftará

Recompensa Pelo Sentimento Sincero

Um elemento fundamental na Haftará desta semana é a seção começando em "Retorne, O Israel até o Et-rno teu D'us, pois você tropeçou em teu pecado", (Oséias, 14:2). O Profeta declara a força tremenda da Teshuva, pois ainda que uma pessoa cometa um pecado de propósito, se ele ou ela faz Teshuva, a ação será vista por D'us como acidental. 

Por que Hoshea foi escolhido como o Profeta que ia dar a "Drashá de Teshuva" para os Filhos de Israel? 

Rabino Moshe Weissman, autor de "The Weekly Haftaros" publicou, apropriadamente neste Shabat através de Benei Yakov Publishers (Bklyn., N.Y.), ele cita um Midrash que primeiro observa que Hoshea Ben Beri era um membro da Tribo de Reuven. Então ele segue para resposta a questão em que repousou o foco nos eventos rodeando a venda de Iossef por seus irmãos. Em um momento crítico, pouco antes da venda, Reuven está ausente. Onde esteve ele? De acordo com o Midrash, ele estava engajado em fazer Teshuva por seu pecado de envolvimento, por causa de sua mãe, nos assuntos particulares de seu pai. E a Tora por si própria testifica que Reuven quis retirar Iossef da  cova e retorná-lo a seu pai. 

Por suas intenções puras, Reuven foi recompensado com tendo um de seus descendentes, o Profeta Hoshea, anunciando a Mensagem de Teshuvá para o Povo Judeu.                                        Rabi Pinchas Frankel

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Histórias Chassídicas

Pedras que Falam

"E tomou das pedras do lugar, e as colocou ao redor de sua cabeça, e se recostou naquele lugar", (Gênesis, 28:11)

O Midrash nos diz que cada uma das doze pedras queriam ter o mérito de ser a pedra sobre a qual colocara sua cabeça o grande tzadik, Yakov.


Uns quantos pessukim, versículos, mais adiante (vers. 18), a Tora se refere a uma só pedra, implicando que as pedras HaBaim se transformado em uma só. Que significado tem o fato de que todas as pedras se transformaram em uma só?

As doze pedras simbolizam as doze tribos de Israel. A discussão que as pedras tiveram era acerca de qual era a tribo que constituía a essência do Povo Judeu.

Era Levi, com os sacerdotes que haviam de oficiar no Templo Sagrado? Ou acaso era Issachar, quem havia de estudar Tora? Ou talvez Zevulun, quem, através de seus negócios, havia de sustentar a Issachar, para que pudesse estudar Tora?

Cada uma das pedras afirmava ser ela a essência do Povo Judeu, até que por fim D’us as reuniu a todas e as converteu em uma única. Isto porque nenhuma parte do Povo Judeu em separado é a sua essência, senão que a essência de Israel reside em sua unidade, pois somente ao estarem unidos podemos cumprir com nosso propósito: refletir a Unidade do Criador, Quem une todas as coisas em Uma Unidade.

Das Palavras de Rabi Calev Gestetner

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Plataforma para as Estrelas

"e havia aqui uma escada...e a parte superior chegava ao céu... e aqui os anjos de D"us subiam e desciam... e D"us estava parado em cima dela",(Gênesis, 28:12)

A “guematria” (o equivalente numérico) da palavra “sulam” (escada) é o mesmo que da palavra “Sinai”: 130. Isto se deve ao fato de que o Monte Sinai é a escada que conecta o físico com o espiritual. D’us “Se parou” na parte superior da escada que viu Yakov em seu sonho, assim como D’us “se parou” na parte superior da montanha quando foi entregue a Tora. Os anjos que sobem e descem correspondem a Moshe e Aharon, os quais desceram a Tora a este mundo. Há uma só escada que sai deste mundo. Uma só forma de alcançar as estrelas. A plataforma de lançamento é o “Sinai”. A aeronave é a “Tora”.

Midrash

Beit HaMikdash Prati

"Esta não é outra que a Casa de D’us..." (Gênesis, 28:17)

Não como Avraham que o chamou (o Beit Hamikdash) de Montanha, nem como Itzchak que o chamou Campo, senão como Yakov que o chamou Casa (Pessachim, 88a)


O que é uma casa? Basicamente quatro paredes, uma porta, e talvez uma janela. As paredes servem para três funções: primeiro, criam um espaço interior, um domínio privado, separado do domínio público.

O lar judaico deve criar um meio-ambiente com valores morais judaicos, um centro de espiritualidade que nos sirva de fundamento para praticar a Tora. Em segundo lugar, as paredes formam uns compartimentos que ajudam a unir aos habitantes desse domínio privado. Cada individuo nessa casa se sente parte de um todo, cada um usando seus talentos individuais para melhorar a comunidade. Finalmente, as paredes servem de barrera para proteger-se do mundo exterior, e sua influência hostil a os valores da Tora. Uma vez que este espaço interior está impregnado de santidade, então a luz de dentro emana pelas janelas e a santidade é projetada ao exterior, ao mundo em geral.

Yakov percebeu esse aspecto de CASA que havia no Beit Hamikdash e esteve disposto a exilar-se a um lugar onde seus filhos seriam, como o pó da terra, pisados por todas as Nações do mundo, porém, seriam uma fonte de inspiração para toda a humanidade.

No exílio, o conceito de Casa de D’us, seria aceito como Casa de Oração (Beit HaKnesset), Casa de Estudo (Beit Medrash) e também a casa particular de cada judeu, que deve refletir a idéia de Casa de D’us. Estes três conceitos são como um “preservante” que guarda ao povo judeu no exílio inteiro, até a vinda do Mashiach e o retorno a Israel, quando poderemos ter a verdadeira casa, O TERCEIRO TEMPLO.

Adaptado de "Outlooks & Insights" de Rabi Zev Leff

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“Masser” – o dízimo

"E de tudo que Tu me dás, vou dar dizimo...", (Gênesis, 28:22)

Ao deixar este mundo, o único que nos pertence são as mitzvot que cumprimos. Todas as riquezas e honras, queiramos ou não, as deixamos aqui com o corpo. Assim o expressa Yakov Avinu, nosso patriarca Yakov, neste versículo. Do que Tu me dás D’us, o único que "tenho" são os dízimos que dei, isto vai ficar comigo, o resto vai ficar para trás, neste mundo material. As mitzvot não somente ficam contigo, senão que as mandas por antecipado ao mundo vindouro.

Baseado em Kometz HaMincha

Generoso Até Demais

“Mas quando farei algo por mim mesmo?”, (Gênesis, 30:30)

Rabi Yossef Yitschoc de Lubavitch disse certa vez:

Houve uma época em que se costumava dizer a verdade. E isto funcionava.


Certa vez um homem de negócios chassid procurou meu avô, Rabi Shmuel de Lubavitch. Este era um homem que sempre mantinha os livros Portais de Luz e O Portal da Fé no bolso do paletó, e era fluente em ambos.


Durante sua audiência privada com Rabi Shmuel, o último inquiriu-lhe a respeito de seus compromissos diários. "O que faz antes das preces matinais?", perguntou o Rebe.


O chassid replicou que estudava os conceitos Divinos que são expostos nos ensinamentos do chassidismo, e então meditava sobre eles, tanto durante, como depois das preces.

O Rebe continuou a conferir todo o dia do chassid: cada minuto disponível era ocupado da mesma forma, buscando o Divino.

"E a leitura do Shema antes de dormir?", finalizou o Rebe. Nesta hora, o chassid também pensava em
chassidut.

"Então você está sempre pensando em D'us," disse o Rebe, "mas quando pensa em si mesmo?"

O chassid caiu, totalmente desmaiado.

O Rebe chamou o criado, Reb Leib, para carregar o chassid para fora da sala e reanimá-lo. "A pessoa não precisa desmaiar," declarou o Rebe, "basta fazer ..."

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Estranho Chapéu

 “... e o trabalho de minhas mãos”, (Gênesis, 31:42)

Se comes do trabalho de tuas mãos, afortunado és tu...” (Salmos, 128:2)

"O trabalho de tuas mãos" deveria ser investido em ganhar o próprio sustento - deixar sua cabeça livre para atividades mais importantes. (Dito chassídico)

Um chassid de Rabi Sholom Dovber de Lubavitch abriu uma fábrica de galochas. Em pouco tempo, cada pensamento seu e cada hora que passava acordado eram ocupados em seu novo e florescente negócio.

Disse-lhe o Rebe: "Colocar o pé dentro de galochas é algo bem comum; mas colocar a cabeça nas galochas...?"


Para Pais e Filhos - Respostas


1. Segundo a Guemara, Bava Batra 123a, Lea escutou o que as pessoas estavam dizendo nas encruzilhadas:  "Rivka tem dois filhos , e Lavan tem duas filhas; O mais idoso vai casar com a mais idosa, e o mais jovem vai casar com a mais jovem. Afinal ela sabia, pois, essa foi uma combinação entre Itzchak e Lavan ao nascerem seus filhos em simultaneidade.

Porém, Lea sentou nas encruzilhadas e inquiriu: "Como o mais velho se conduz?". E obteve como resposta: "Ele é um homem mau, um ladrão de estrada". E então ela inquiriu: "Como o mais jovem se conduz? ". E lhe responderam que ele é "um homem sábio que habita em tendas". Então ela chorou e suplicou tanto até que suas pestanas caíram.

2. Segundo o comentário intitulado Avot de Rabi Natan, deste verso está derivada a prática da semana de comemorações seguindo um casamento ("Sheva Brachot").

3. Sabemos que Lavan buscava os ídolos, terafim, que ele usava para adivinhar e que Rachel “roubou”. Porém, o sefer Ohr Tora apresenta uma outra explicação mais profunda: “nosso patriarca Yakov ainda não havia extraído todas as “faíscas espirituais” que se encontravam com Lavan e por isso foi necessário que eles ainda estivessem juntos para que Yakov as levasse para a santidade. Com essas letras foi acrescentado um capítulo inteiro na Tora”.

O Lubavitcher Rebe complementa essa idéia, explicando que as vezes um indivíduo vem a se encontrar em circunstâncias que nem se quer lhe são peculiares, porém, o intuito é o mesmo: o de resgatar as faíscas divinas que estão escondidas nesse nosso mundo material.

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Palavras do Rebe

Lições de Vida

"De todos aqueles que me ensinaram, recebi sabedoria.", (Salmos, 119:99)

O Salmista está nos dizendo que ele aprendeu com todos - de alguns, o que fazer; de outros, o que não fazer.

Se aprendermos com os erros do próximo, não precisaremos cometer os nossos. Assim como podemos aprender com cada pessoa, tiramos uma lição de cada acontecimento. Experiências positivas são fontes óbvias de aprendizado, porque cada ato que realizamos acrescenta alguma coisa ao nosso caráter, e nos prepara para melhor enfrentar o próximo desafio na vida. Experiências negativas podem ser valiosas também, porém apenas se estamos suficientemente alertas para aprender com elas.

A lista de lições que assimilamos da maneira mais difícil pode ser longa, mas cada uma delas nos ensinou o que não fazer, e portanto torna-se uma experiência positiva. Na verdade, o Talmud declara que quando as pessoas se arrependem sinceramente pelos erros e mudam para melhor, os enganos que cometeram tornam-se verdadeiros méritos. Apenas quando deixamos de aprender com nossas falhas e, racionalizando e justificando, insistimos obstinadamente que estamos certos, nossos erros permanecem como defeitos.

Temos a capacidade para tornar a própria vida uma experiência formidável e enriquecedora.

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